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Queda na demanda e problemas comerciais podem levar a 8 milhões de desempregados na Rússia até o final de 2020.
O ex-ministro das Finanças e atual presidente da Câmara de Contas da Rússia, Aleksêi Kúdrin, declarou que, devido à crise financeira atual. o número de desempregados pode triplicar e chegar a 8 milhões de pessoas.
“Segundo as nossas previsões, durante a crise, o número de desempregados aumentará de 2,5 milhões para 8 milhões de pessoas e assim permanecerá, provavelmente, até o final deste ano", disse Kúdrin à agência RBC.
"Depois acontecerá o relançamento da economia, a demanda e o consumo voltarão a crescer, o número de desempregados diminuirá, porque as pequenas e médias empresas voltarão ao trabalho normalmente”, disse o economista.
Segundo ele, hoje, a demanda por alguns tipos de serviços desapareceu completamente. "As empresas não sabem como sobreviver, elas estão sendo forçadas a demitir pessoas", disse ele.
Hoje, cerca de 30% dos funcionários das empresas de entretenimento, de cafés e de restaurantes foram colocados em licença não remunerada.
No início de abril, Kúdrin disse ao presidente russo Vladimir Putin, que, em um cenário pessimista, o PIB da Rússia cairá 8%.
O governo reservou 1,4 trilhão de rublos (R$ 97 bilhões), ou seja, cerca de 1,3% do PIB, para combater a crise. Segundo Kúdrin, o volume é insuficiente.
"O pacote total de apoio deve ser de, pelo menos, 7% do PIB", disse ele ao jornal econômico russo independente RBC.
Segundo Kúdrin, nessa situação, o governo poderia aumentar a dívida estatal através de uma emissão adicional de títulos do governo. Em 10 de abril, a agência Bloomberg, informou que o governo russo está discutindo um novo pacote de medidas anti-crise que seriam financiadas pelo mercado de empréstimos.
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Coral do Exército russo presta homenagem ao povo italiano assolado por pandemia; veja vídeo
IGOR ROZIN
Coleção de árias italianas famosas, executadas pelo Conjunto Acadêmico A. V. Aleksandrov, foi publicada nos sites oficiais do Ministério da Defesa de russo.
O Ministério da Defesa da Rússia publicou no domingo (12) um vídeo em apoio ao povo italiano, severamente afetado pela pandemia de covid-19. Nas filmagens é possível acompanhar composições musicais famosas interpretadas pelos artistas do Conjunto Acadêmico de Canto e Dança do Exército Russo A. V. Aleksandrov.
“O vídeo foi feito em apoio aos cidadãos da Itália, que hoje lutam contra a propagação de coronavírus”, escreveu o Ministério da Defesa em suas redes sociais.
O vídeo apresenta obras-primas da música italiana criadas pelos compositores Giuseppe Verdi e Gioachino Rossini e uma “Paráfrase italiana” (no arranjo de Vladímir Bródski). Todos os trabalhos exibidos foram realizados em diferentes locais durante turnês e concertos do Conjunto Acadêmico Aleksandrov.
Até esta terça (14), foram confirmados 159.516 casos de coronavírus na Itália, com 35.435 pessoas curadas e 20.465 mortes.
Recentemente, a Rússia enviou insumos e profissionais para atuar na linha de frente do combate a covid-19 em Bergamo, a cidade italiana mais afetada pela pandemia.
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Além do fornecimento de material, médicos chineses estão compartilhando experiências no tratamento da covid-19 com profissionais de saúde de Moscou.

A província de Heilongjiang, na China, forneceu a Moscou mais de 20 toneladas de suprimentos para combater o coronavírus, segundo informou a Secretaria de Relações Econômicas Externas e Internacionais de Moscou em comunicado nesta terça (14).
“Um total de 23 toneladas de suprimentos humanitários para combater o surto de covid-19 foram entregues em Moscou [vindos] da China. A ajuda humanitária foi doada pela província de Heilongjiang. A China forneceu a Moscou mais de 220.000 máscaras de proteção, 100.000 luvas, 2.500 roupas de proteção descartáveis, 5.000 sistemas de teste de coronavírus, mais de 200 termômetros infravermelhos e outros itens para combater a infecção por coronavírus”, lê-se no comunicado.
Os equipamentos e as roupas de proteção, que foram entregues à Secretaria de Saúde de Moscou, serão distribuídos entre as instalações médicas da cidade.
Na última segunda (13), o prefeito de Moscou, Serguêi Sobiânin, se reuniu com uma delegação de médicos chineses que irão compartilhar sua experiência no combate ao vírus com os profissionais de saúde da capital russa.
“A cooperação pode ajudar Moscou a impedir que a situação se agrave, e a ajuda da China também é um símbolo de amizade entre os dois países”, declarou o secretário de Relações Econômicas Externas e Internacionais de Moscou, Serguêi Tcheremin.
Cabe lembrar que, ainda no início de fevereiro, a Rússia enviou 23 toneladas de ajuda humanitária à cidade chinesa de Wuhan.
Até o momento, foram confirmados 21.102 casos de coronavírus na Rússia, sendo 1.694 pacientes já recuperados e 170 mortes em todo o país.
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